Mostrar mensagens com a etiqueta Home/Início. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Home/Início. Mostrar todas as mensagens

domingo, 30 de outubro de 2016

Arrumação instantânea :: Clean up in a flash

{Scroll down for English}

Eu não cresci rodeada de muitos brinquedos, e uma ou duas bonecas que tinha melhores, eram sagradas para a minha mãe (que teve, talvez, duas (de trapos), durante toda a sua infância), logo, eu não podia brincar com elas sempre que quisesse. 
Não me restava alternativa senão, de vez em quando, ir à "caça" das minhas bonecas, tentando encontrar o último esconderijo, que a minha mãe tinha escolhido para elas. Em caso de operação bem sucedida, eu brincava um bocadinho com elas e de seguida, colocava-as novamente no seu lugar, de modo que ela não notasse a minha "intrusão".

Talvez por este motivo sempre fiz questão que o Salvador respeitasse os seus brinquedos.
Desde que começou a brincar que o encorajo, tanto a cuidar dos seus brinquedos, como a usar um brinquedo de cada vez. Em bébé, por exemplo, se ele estivesse a brincar com a torre de bolas, eu fá-lo-ia perceber que já não precisava mais do xilofone. Desta forma, ninguém incorre no risco de, acidentalmente, pisar sobre os brinquedos e magoar o pé, bem como, parti-los.

Ele pode, obviamente, usar tudo o que quiser, sempre que quiser. Não há caça aos brinquedos escondidos. No entanto, a regra é sempre esta: Brinquedos que não estão em uso, devem regressar  para a caixa dos brinquedos.

A arrumação é muito fácil de fazer com estas práticas caixas, onde ele pode colocar tudo sozinho. Contudo, reparei que como os brinquedos estavam todos misturados, por vezes se chateava por perder demasiado tempo à procura de um específico, com que lhe apetecesse brincar.

Então, eu pensei que era o momento certo para uma atualização.

Usei o Microsoft Word para criar uma grelha, e o google para procurar imagens que ele seria capaz de reconhecer, como por exemplo, blocos de Lego, para a sua coleção de legos.
Imprimi e cortei as imagens.
Como não tenho uma plastificadora elétrica, usei papel de plastificar livros, para proteger as folhas. Acho que não ficou nada mal.
Finalmente, usei fita-cola, dupla-face, e colei cada imagem nas diferentes caixas.

Não podem imaginar a diferença que esta pequena mudança fez na arrumação dos brinquedos, e na confiança que trouxe às brincadeiras do mais pequeno. 

Se alguém tiver interesse, terei todo o gosto em partilhar os meus prints com vocês, mandem-me para isso o pedido por email.

*******************

When I was a child, I didn't have many toys,  and the best one or two that I did have, were kind of sacred for my mum, (who has got maybe 2 rag dolls, her entire childhood), so I couldn't really play with them anytime I wanted. 
From time to time, I had no chance but going on a toy "hunt", trying to find the latest hiding space  for my dolls, that mum had chosen. In case of success, I would play a little with them, and then put them back again on its place, so that she couldn't notice my "intrusion".

Maybe this is why I've always made sure Salvador respected his toys. 
Ever since he started to play, that I encouraged him either to care for his toys and to use one toy at a time. As a baby, for instance, if he was playing with the ball tower, I would show him that he no longer needed the xilofone. 
This way, no one incurs the risk of, accidentally, step on the toys and hurt the feet, as well as, breaking them.

He can, obviously, use everything he wants, any time he wants. No hidden toys to hunt for. Nevertheless, the rule always stands: toys that are not in use, must go into the toy's box. 

The clean up is very easy for him to do on his own, with these amazing boxes, where he can easily store everything. Yet, I noticed that because they were all mixed up, he struggled to find specific toy, that he might want to play with in a certain moment.

So I thought it was time to a little upgrade. 

I used Microsoft Word to create a grid, then used google to search for images that he would recognize, like Lego blocks, for his Lego collection, for example. 
I printed it and cut the images.
I don't have a laminator, so I used book wrapping film to protect the sheets, and it turned out ok. Finally I used double face tape to stick them into each of the toy boxes.

You cannot imagine the difference that this small change made to our clean up time, and the confidence that it brought to our little one, on the stories that he's building up. 

I'm more than happy to share my prints with you, if you find it interesting, just drop me an e-mail please.



Pode seguir Sofias's Whispers através:
You can follow Sofias's Whispers on: 

terça-feira, 25 de outubro de 2016

De volta ao cultivo :: Back to gardening

{Scroll down for English}


As temperaturas já baixaram para os 30ºC - 33ºC, aqui no Qatar. Sinto-me, agora, mais confiante para iniciar a nossa sementeira de 2016. E estou super entusiasmada com isso.
Expôr o S ao hábito de plantar e cuidar daquilo que come, é algo que valorizo imensamente.

Vamos ver como corre a temporada.

**********************

Temperatures have dropped to 30ºC - 33ºC, here in Qatar. I am more confident now, to start our 2016 sowing, and I'm super excited about it. 
Exposing S to the habit of planting and caring for his own food is something I value immensely.

Let's see how the season goes.




Pode seguir Sofias's Whispers através:
You can follow Sofias's Whispers on: 

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Uma história para pensar :: A story to think about

{Scroll down for English}

Há duas histórias que se cruzaram na minha caminhada para mudar a minha vida. Uma delas é esta:
Era uma vez um ovo de gaivota que rolou para uma capoeira de galinhas.Quando a gaivota nasceu, olhou à sua volta e só viu galinhas. Achando que era uma delas, cresceu a imita-las, mas sempre se sentiu diferente e algo desajeitada. Certo dia, a gaivota olhou para o céu e viu gaivotas a voar. Ficou de tal forma maravilhada que perguntou a outra galinha o que era aquilo. A galinha respondeu-lhe que era uma gaivota. A gaivota ficou fascinada com o que vira e insistiu com a galinha. Perguntou-lhe porque é que elas não voavam ou planavam como as gaivotas. A galinha respondeu-lhe que o lugar delas era na capoeira, a comer milho, e explicou-lhe a diferença entre as galinhas e as gaivotas. A gaivota ficou triste porque, afinal, ela preferia ser como aquela gaivota que voava, sem saber que também ela, era uma delas. Então, resignou-se com a sua condição de galinha e ficou naquela capoeira durante toda a sua vida.
In Chicken Soup for the Soul, de Jack Canfield e Mark Victor Hansen

**************************

There are two stories that crossed my path to change my life. One of them is this: 
Once upon a time a seagull egg rolled into a chicken's farmyard. When the gull was born, she looked around and saw only chickens. Thinking she was one of them, she grew up imitating them, but always felt different and clumsy. One day, the gull looked up to the sky and saw seagulls flying. That was such a wonder for her, so she asked to a chicken what was that. The chicken replied that it was a seagull. The gull was fascinated by what she had seen and asked why they did not fly or glide, like seagulls. Chicken answered that their place was in the farmyard, eating corn, and explained the difference between the chickens and the seagulls. The gull was sad because, after all, she would rather prefer to be like the flying seagulls. Unaware that she was also one of them, she resigned herself with her chicken condition and spent all her life in that farmyard.

In Chicken Soup for the Soul, from Jack Canfield and Mark Victor Hansen

Font

Pode seguir Sofias's Whispers através:
You can follow Sofias's Whispers on: 

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Granola on tube


{Scroll down for English}

Devido ao significante número de pessoas que me têm questionado acerca da minha receita de granola, decidi fazer um video que responde a todas as questões.
Espreitem.

*************

Due to the significant number of people that have asked me about my granola recipe, I decided to make a video that answers all the questions. 
Take a look.


Pode seguir Sofias's Whispers através:
You can follow Sofias's Whispers on: 

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Propósitos não se discutem

Mobilar uma casa que vai ser nossa temporariamente não é tarefa fácil, especialmente se quisermos continuar a dar-lhe aquele ar de: "lar doce lar".

Por norma ninguém vem para o Qatar de malas e bagagens. A maior parte das pessoas fica por um período de tempo pré-estabelecido, no final do qual deve abandonar o país, em 30 dias. Em consequência, existem um sem fim de open houses e expat leaving sales a acontecer na cidade, todos os dias, e dos quais eu fui muito assídua durante os primeiros meses. 
É uma excelente oportunidade de adquirir objectos e mobiliário em muito bom estado, a um custo muito baixo. 

Uma das peças que adquiri, foi esta estante, desenhada para um fim, totalmente, distinto, (normalmente vende-se para casa de banho...), e que eu aproveitei para colocar em destaque na minha cozinha...

A estante Molger, é bastante estreita, (condição essencial para caber neste cantinho), mas tem a arrumação necessária para expôr todos os meus, adorados, frascos e fresquinhos. 
Adicionalmente foi ainda muito fácil aplicar ganchos para pendurar panos, avental, coador, etc.

Adoro a quente sensação de conforto que a minha cozinha ganhou após este "re-propósito". 


Pode seguir Sofias's Whispers através:
You can follow Sofias's Whispers on: 

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Melancolia :: Melancholy

Quase dois meses se passaram desde a última vez que escrevi, de forma mais ou menos consistente, neste meu cantinho virtual - facto que dificulta, um bocadinho, o fluir da minha escrita, devo confessar. 

Tenho muitos posts preparados, em rascunho, mas como falho na sua publicação, quando volto a eles, parecem-me já fora de contexto. Outras vezes, as coisas que tenho para transmitir são tão intensas e/ou pessoais que me perco a tentar redigi-las, acabo por apagar tudo e ficar com elas só para mim.

Muita coisa, impossível de transcrever num simples texto, aconteceu, nos últimos meses. Em resumo: Fizemos novas amizades. Reconstruímos o nosso lar. Participamos em incontáveis playdates e playgroups com o S.  Concluímos a burocracia da obtenção da residência e carta de condução. Recebemos visitas. Fomos visitas. Conhecemos países novos. Sobrevivemos ao verão qatari. Festejamos o nosso título de campeões europeus, de uma forma muito especial. Fomos turistas no nosso próprio país. Preparamos o regresso às aulas, e estamos a lidar com ele, à nossa maneira. 

O tempo, de Junho para cá, passou muito rápido, o que não é mau sinal, certo? Parece mentira que estejamos, já, na minha segunda estação do ano favorita: o Outono. Para mim, há um romantismo qualquer nele, transcrevo-o em imagem, por falta de adjectivos que o façam por mim.

Neste meu post, trago um pouco de melancolia, porque biologicamente o meu corpo necessita de respirar Outono. De se arrepiar com o vento. De puxar pelas mantas. De sentir o fresco das primeiras chuvas. De sentir o quentinho da casa e o cheirinho, doce, vindo do forno. 

No Outono, reinicia-se o ciclo da natureza, silenciam-se os zuns zuns dos transeuntes, há um  abrandamento de ritmo natural, que propicia o recentramento, essencial à nossa evolução saudável.

Tudo isto uma miragem, literalmente, uma miragem... 

Sim, aproveitarei, gratamente, o que este lugar terá para me oferecer, nesta época do ano, mas o saudosismo presente no ADN de cada português, afinal também me habita, e aparentemente despoleta a cada Outono.
Pode seguir Sofias's Whispers através:
You can follow Sofias's Whispers on: 


sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Linguagem Gestual para Bebés. Já conheciam? :: Baby Sign Language. Do you know about it?

{Scroll down for English}

Numa bela manhã, num dos playgroups que costumava frequentar com o meu filho, decorria uma banal conversa entre mães, sobre linguagem gestual para bebés. 
Três, conheciam e tinham praticado, as restantes conheciam, mas não tinham praticado, e eu, depois de ouvir em primeira-mão sobre as experiências, extremamente positivas, das minhas condiscípulas, desejava já ter ouvido falar sobre ela, antes...

Para me sentir melhor comigo mesma, coloquei a culpa no facto de, provavelmente "a moda" ainda não ter chegado ao meu país, na altura em que a deveria ter posto em prática, e prometi a mim mesma, escrever um post sobre o assunto, para ajudar a espalhar a palavra.

Linguagem gestual para bebés consiste, basicamente, em comunicar com os nossos bebés, muito antes de eles conseguirem expressar-se verbalmente (a partir dos 6 meses, sensivelmente), ajudando enormemente, segundo as presentes mães, na redução dos seus choros e desconfortos.
Sabendo-se compreendidos e capazes de se expressar, os bebés impulsionam a sua auto-confiança, aumentam a sua capacidade cognitiva e estreitam laços com os pais. 

Quem conhecia? Quem já experimentou? Quem tem vontade de experimentar?

********************

In one of these mornings, in one of the playgroups I used to attend with my son, a banal conversation, about baby sign language was happening between moms.
Three of them knew all about it, and had practiced it, the others, heard about it before, but hadn't practiced it. And I, after listening to their extremely positive experiences, wished, to have heard about it before...

To feel a bit better with myself, I blamed the fact that probably the practice hadn't "arrive" to my country, at the time I should have put it into practice. And promised to myself I would write a post about the subject, to help spread the word.

Baby sign language, basically means communicating with our babies before they're able to express themselves verbally (from 6 months onwards), helping greatly, according to the present moms, reducing their cries and discomforts.
Being able to express themselves, in a way they can, babies, boost their self-confidence, increase their cognitive ability and create a special bond with their parents.

Who knew about it? Who's experienced it? Who's willing to try it?

Font 

Pode seguir Sofias's Whispers através:
You can follow Sofias's Whispers on: 

terça-feira, 28 de junho de 2016

Escadas super versáteis :: The super versatile stairs

{Scroll down for English}

O que eu adoro estas escadas de dois degraus!!!
São super versáteis! Num minuto servem de auxílio para chegar aos sítios mais altos. No minuto seguinte, facilmente embelezam um cantinho qualquer, (como aqui e aqui). 
Num outro momento, também podem servir de banco extra, quando há mais pessoas em casa do que cadeiras disponíveis. E num outro momento, podem ainda assumir o papel de mesa para o pequeno da casa lanchar...

E fazerem lembrar-me das nossas velhas cadeiras da escola primária...

************

Oh I love these two step stairs so much!!!
They are so versatile! One minute they help us reach to the highest places. The next minute, they easily embellish a little corner, (such as in here and in here).
In another moment, they can also serve as an extra seat, when there are more people in the house, than chairs available. 
And some other time, they might also become a snack table for the little one in the house... 

And remind me of our old primary school chairs...




Pode seguir Sofias's Whispers através:
You can follow Sofias's Whispers on: 

quarta-feira, 22 de junho de 2016

O meu primeiro jejum :: My first fasting

Viver deste lado do mundo, nesta altura do ano, é muito especial. Junho, foi mês de Ramadan Kareem (Ramadão Generoso). - A época do ano mais importante para os muçulmanos, e da qual eu sabia relativamente pouco.

Muito sucintamente, os muçulmanos fazem jejum do nascer ao pôr do sol, rezam com mais intensidade, abstêm-se de todos os prazeres carnais e são mais generosos para com o seu próximo. Há uma relação muito pessoal e intima com o divino. A sua entrega e motivação pessoal é impressionante.

O jejum é quebrado, em comunidade, com o Iftar. Manda a tradição que seja com 3 tâmaras e um copo de água. É um momento de grande alegria e satisfação, seguindo-se depois, os enormes banquetes de iguarias várias, noite adentro, culminando com o Suhoor, a última refeição, antes do nascer do sol.

Para os não-muçulmanos, aquilo que por aqui se vive nesta época do ano, é essencialmente... estranho. E pode ser até, frustrante, algumas vezes. 

Porém, estando nós, a viver neste mundo tão diferente do nosso, porque não deixar de lado as frustrações de um ocidental, e abraçar a riqueza da cultura local para perceber melhor, como é ser muçulmano, por um dia? 
O desafio que o Hyatt Plaza lançou à população não-muçulmana, no jornal de quarta-feira, atingiu-me como uma flecha. 
Sim. Porque não? 

O evento Fast-a-thon, vai, já na 7ª edição. E por cada inscrição, o Hyatt Plaza, doa 200QR, a um programa educativo para crianças órfãs da Somália.

A minha curiosidade já era significativa, mas quando descobri que ao fazê-lo poderia estar a contribuir para a melhoria de vida de alguém, não necessitei de mais nenhum factor motivacional. Tratei logo de me inscrever a mim, ao marido e à tia, (que está de visita). 

Fiz a minha última refeição, sexta-feira à noite, e só voltei a comer e a beber no Iftar que o Hyatt Plaza preparou, sábado à noite. Foram no total, 21h sem me alimentar e hidratar, (o normal são 16h/17h, mas não nos apeteceu levantar antes do nascer do sol, para o nosso Suhoor).

Os efeitos físicos? Senti-me mais cansada e irritada do que o normal, deitei-me com uma enorme dor de cabeça (mas não sei muito bem, se devido ao jejum ou se ao resultado do jogo Portugal vs Áustria...).
Senti muita falta do meu café da manhã, e só aguentei a sede, porque não saí de casa, para evitar expor-me ao sol/calor. 

Mas em contrapartida, senti um enorme orgulho quando o relógio bateu as 18:30h, naquela tarde. A minha missão estava cumprida. Forcei os meus limites, por uma boa causa. E no final, não tinha sido assim tão difícil, quanto pode parecer. Controlo. É tudo uma questão de controlo. 
Depois quebrar o jejum em comunidade, tem outro significado. Toda a gente tinha um sorriso nos lábios enquanto mastigava as três tâmaras. Conseguimos! Conseguimos! - Pensávamos todos em uníssono.  

Fazer jejum é difícil, requer muito boa vontade. Mas sem dúvida purifica-nos a um certo nível. Pessoas sortudas como nós, sabem que no final do jejum terão abundância de comida e água. É apenas uma questão de horas. Há zonas no mundo, onde essa, não é uma opção. Existe uma enorme gratidão implícita em todo este processo. 
Foi muito bom ter participado neste evento, foi muito bom comungar com os meus Irmãos muçulmanos, e vivênciar aquilo que eles sentem, não existe outra forma de saber, se não se experimentar.
Para o ano, lá estará o meu nome novamente na lista, e talvez cumpra todo o mês do Ramadão.
Sim. Porque não? 

*********************

Living on this side of the world, at this time of year, is very special. June was Ramadan Kareem (Generous Ramadan), this year - The most important time of the year for Muslims, and about which I knew very little.

Very briefly, Muslims fast from sunrise to sunset, pray more intensely, abstain from all carnal pleasures and are more generous to others around them. There is a very intimate and personal relationship between them and the divine. Their personal motivation is impressive to witness.

The fast is broken, in community, with the Iftar. Tradition dictates that it might start with 3 dates and a glass of water. It's a moment of great joy and satisfaction, followed by a huge banquet, with various delicacies, through the night, culminating with the Suhoor, the last meal, before sunrise.

For non-Muslims, what happens here, at this time of the year, is a bit... awkward. And it can even be, frustrating, sometimes.

So when we live in a world so different from ours, why not put aside our Western frustrations, and embrace the richness of the local culture, to get a better inside on how's to be a Muslim, for a day?
The challenge that Hyatt Plaza, launched to the non-Muslim community, on last Wednesday's newspaper, hit me like an arrow.
Yes. Why not?

The charity event, is on its 7th edition. And for each registration, Hyatt Plaza, donated 200QR to encourage orphan children education in Somalia.

My curiosity was significant, but when I discovered that, just by fasting, I could be contributing to the improvement of someone else's life, I did't need any other motivational factor to put my name down, as well as my husband's and aunt, (who is visiting).

I had my last meal, on Friday night, and start eating and drinking again, on Saturday's Iftar, organized by Hyatt Plaza. In total I was fasting for 21h (normal is 16h/17h, but we were too lazy to get up for a snack, before sunrise).

The physical effects? I felt more tired and irritable than usual, I went to bed with a massive headache (but I'm not sure if due to fasting or to the match result between Portugal and Austria...).
I really missed my morning coffee, and only bear thirst, because I haven't left home all day, to avoid sun/heat exposing.

On the other hand, I felt a great pride when the clock struck 18:30h, that afternoon. My mission was accomplished.  I pushed my limits for a good cause. And at the end, it was not so difficult as it might seem. Control. It's all about control.
Then, breaking the fastin community, has a completely different meaning. We all had a smile on our faces, as we savored our three dates. We did it! We did it! - We all thought in unison.

Fasting is fairly difficult. It requires a deep will power. But it surely purifies us in a certain level. Lucky people, like us, know that at the end of the fasting day, there will be plenty of food and water. It's just a matter of hours. 
However, there are areas in the world, where this is not an option. There is a huge gratitude implicit in the whole process.
I'm very pleased with my participation in this event. It was very good to connect with my Muslim brothers and sisters, and experience what they feel, also because there isn't really other way to know, if we don't try it. 
Now, next year I'm planing to put my name down the list, once again, very proudly. And perhaps fast the whole month of Ramadan. 
Yes. Why not?




Pode seguir Sofias's Whispers através:
You can follow Sofias's Whispers on: 

sábado, 18 de junho de 2016

O nosso cantinho de leitura :: Our reading corner

Já podem ler o meu artigo deste mês, para a KIDE Magazine, aqui.
Fiquem a conhecer o nosso cantinho de leitura, e como é fácil, fazerem um também.

***************

You can now read my article, here, for this month's KIDE Magazine.
 I show you our reading corner, and how easy it is to make one for yourselves. 



Pode seguir Sofias's Whispers através:
You can follow Sofias's Whispers on: 

sábado, 28 de maio de 2016

Viva o dia de amanhã :: Hurray for tomorrow's day

{Scroll down for English}

Cinco meses de Qatar. E a vida vai-se, finalmente, ajeitando por aqui. 

Cinco meses a viver no limiar do cinzentão. (Emocional. Não meteorológico!) - Houve dias de puro desespero, em que temi pela minha boa sanidade mental. Juro que sim.
Posso admitir, já estar fora da red zone, e sei, perfeitamente, quem me manteve à superfície: Os livros, minha gente! (Romances, essencialmente).
Se há alguém que possa dizer, com toda a certeza, que os livros são os seus melhores amigos. Esse alguém, sou eu. Simplesmente, porque já fui salva por eles, muitas vezes...
É neles que me refugio nos momentos de angústia. São a única companhia que consigo tolerar (para além do silêncio). Eles têm sempre todas as respostas. E nunca fazem perguntas.

Evadir-me para uma realidade bem longínqua e distinta da minha, parece resultar comigo. 
Ler, ajuda-me a criar distanciamento da origem das minhas penas, assim que, quando regresso novamente a elas, me parecem ligeiramente mais leves.

Ainda bem que me vou cruzando com outras mães, acabadas de chegar, que se sentem de igual forma, desenraizadas e a construir mecanismos internos de adaptação à nova realidade - a partilha de experiências é das melhores coisas do mundo. A união que criam entre as pessoas, também.

Não quero com isto transmitir a ideia, e-r-r-a-d-a, de que esteja infeliz neste pais, emprestado. Nada disso! Muito pelo contrário. Sou infinitamente grata pela oportunidade que a minha família tem, por todas as experiências que nos dá diariamente, pela multi-culturalidade à nossa volta, pelas pessoas que se cruzam no nosso caminho, e que vou conhecendo melhor, todos os dias.
Gosto, antes, de pensar nesta fase inicial, como um custo de oportunidade. 

A realidade dos dias não se alterou, portanto. Ainda requer reajustamentos. Mas a chegada das nossas coisas, representou, indubitavelmente, o momento da mudança, no estado de espírito instalado.
Finalmente, a nossa casa parece-se menos com uma casa, e mais com um lar. A nossa vida parece-se  menos com a vida de campistas, e mais com a nossa.

Aquilo que demorei duas semanas a embalar, montei em 4 dias, completamente obstinada e focada no objectivo. Estava faminta de me sentir eu mesma, novamente. 
A vontade de criar está a regressar, devagarinho. O meu "atelier" já conheceu o seu novo espaço, e está satisfeito com ele; a minha cozinha, já preencheu todos os cantinhos vazios, e já podemos comer os "coaxões da mamã" ao pequeno-almoço.

O Salvador já pode dormir na cama dele e brincar com os seus carrinhos, com as suas pistas, com os seus puzzles e as tão desejadas "pastilinas" - que é como quem diz: Plasticinas.

E este, porém, foi o momento por que mais ansiei: Ver os seus olhinhos brilhar, ao abrir cada uma das suas caixas. Era como se nunca tivesse visto nenhum daqueles brinquedos antes.

Poderão não compreender a dimensão que isto teve para mim, mas, talvez, se vos disser que a última vez que desempacotei a minha "casa", tive que enfrentar um berço vazio, roupas que nunca puderam ser usadas, e por aí fora... eventualmente, compreendam que poderá, muito bem, ter sido um ajuste de contas com o passado... Desta vez, deu-me, realmente, um prazer desmesurado.

Viva o dia de amanhã! - Até porque, curiosamente, é o meu aniversário.

***************

Five months of Qatar, and life is finally settling.

Five months living in grey tons. - There were days of pure desperation, in which I feared for my good mental sanity. I swear it to you.
I can, now, admit, to be out of the red zone, and know, exactly, what kept me at surface: Books, folks! (Romances, essentially).
If there's anyone out there, who can say that books are our best friends, that would be me. Simply, because I was saved by them many times...
In times of distress, it's in the books, that I refuge myself. They're the only company that I can tolerate (apart from the silence). They, always, have all the answers. And they never ask questions.

Evading myself to a very distant and different reality from mine, appears to work for me.
Reading helps me creating distance from the origin of my pains, so that, when I return to them again, they seem slightly lighter.

I'm glad I meet some other moms, freshly arrived to the country, that feel the same way, uproot and building intern mechanisms to adapt to the new reality - the sharing of experiences is the best thing in the world. The union it creates between people, too.

This is not to convey the w-r-o-n-g idea, that I'm unhappy in this, borrowed, country. Not at all! Quite the opposite, actually. I am infinitely grateful for the opportunity that my family is having, for all  the experiences it gives us daily, for the multi-culturality around us and the people who crosses our path, and I get to know better, every day.
Instead, I like to think about this initial stage as an opportunity cost.

The reality of the days hasn't, then, changed much. It still requires readjustments. But the arrival of our belongings, represented, undoubtedly, a change in the installed state of mind. Finally, our house looks less like a house, and more like a home. And our life, seems less a camper's life, and more our own.

What took me two weeks to pack, I set up in four days. Completely focused on the goal. I was so hungry to feel myself again.
The desire to create is, slowly, returning. My "studio" met his new space, and is satisfied with it; my kitchen has already filled the empty corners, and we can now eat "Mummy's coaxões" for breakfast.

Salvador can now sleep in his bed and play with his cars, his tracks, his puzzles and the much desired "pastilinas" - that is to say: Play-doh.

And this, however, was the moment I yearned the most: Watch his little eyes shine, opening each of his boxes. It was like he had never seen any of those toys before.

You might not come to understand the scale that this event had on me, but perhaps if I tell you that the last time I unpacked my "home", I had to face an empty crib, clothes that had never being used, and so on... and then you can, eventually, understand that this may well have been a settling of accounts with the past... This time, gave me an, indescribable, pleasure.

Hurray for tomorrow´s day! - Because, oddly enough, it is my birthday.


Font IFont II

Pode seguir Sofias's Whispers através:
You can follow Sofias's Whispers on: 





terça-feira, 10 de maio de 2016

Meet Bonnie and Clyde

{Scroll down for English}

A vida por aqui ainda não estabilizou, e eu, naturalmente, sofro, emocionalmente, as consequências disso... Esta aventura pelas arábias, ainda me tem, completamente, desatinada e com sensações de falta de ar. Mas é nos momentos mais inesperados que acontecem as coisas mais fascinantes... 

Há 5 semanas atrás, um vizinho encontrou estas duas, amorosas, criaturas... no caixote do lixo. Ainda não abriam os olhos...
Cuidou delas carinhosamente e lançou um apelo à comunidade local.
Quando lhes pus os olhos em cima, soube, imediatamente, que tinha que estar envolvida no resgate - a gata era simplesmente igual à nossa, querida, Micas - infelizmente, desaparecida há cerca de um ano - não tinha, portanto, como ficar indiferente...

A Bonnie e o Clyde fazem, agora, parte da nossa família. As suas brincadeiras toscas e o seu ronronar amoroso, fazem as nossas delícias diárias.
O Clyde é tão charmoso, que o meu vizinho vai acabar por o adoptar, caso não encontre um lar, que o queira acolher.

Quando chegamos a casa, a primeira coisa que o Salvador faz, é procurar as minúsculas mascotes. - "Oh gatinhos lindos e fofinhos! Venham cá."- Pobres coitados, fogem dele a sete pés, mas por algum, inexplicável, motivo, não ousam arranha-lo, como fazem conosco.

Oh! Que casualidade tão boa! Hora certa, momento certo. Como podem, dois gatinhos indefesos, trazer tanta alegria a uma casa?

***********************

Life around here has not stabilized yet, and I'm, obviously, suffering the emotional consequences of it... This Arabian adventure has still got me completely disoriented and breathless. But it is in the most unexpected moments, that the most fascinating things happen...

Five weeks ago, my neighbor found these two, loving, creatures... in the trash. They wouldn't opened their eyes yet...
He's foster them, and launched an appeal to the local community. 
When I, first, put my eyes on them, immediately, knew I'd to be involved in the rescue plan - I mean, how couldn't I be? The female kitten just looked like, our dear, Micas - unfortunately gone missing for about a year, now.

Bonnie and Clyde, became part of our family. 
They're so cute playing. It's, simply, a delight to watch. Their purr, daily, melt our hearts.
Clyde is so charming, that my neighbor didn't resist adopting him, in case we can't find a suitable home for him.

When we get home, the first thing Salvador does is to look for the kittens. - "Oh! Beautiful kittens. Come here."- Poor little ones, they hide everywhere, from him, but for some, inexplicable, reason, they don't seam to scratch him, as they do with us.

Oh! What a good coincidence! Right time, right place. 
How come two, helpless, little kittens, bring so much joy to a home? 


Pode seguir Sofias's Whispers através:
You can follow Sofias's Whispers on: 

quarta-feira, 27 de abril de 2016

O meu pequeno tributo, a ti, avózinha :: My little tribute to you, dear Grannie.

{Scroll down for English}

Apesar das, inacreditáveis, melhorias que foste mostrando, ao longo das últimas 4 semanas, bem cá no fundo, eu sabia que a nossa despedida tinha sido a última.
Eu sabia que não estarias mais aí, quando eu regressasse...

A minha garganta está seca. A minha cabeça aturdida. Os meus sentidos, definitivamente, adormecidos.
Enquanto escrevo este pequeno tributo a ti, querida avózinha. Fecho os olhos e imagino todo o cenário que te rodeia, neste momento. E... O facto de não fazer parte dele... pela última vez, é angustiante.

7,387 km separam-me de ti, querida avózinha, e do teu corpo, agora frio e sem vida...

Uma vida, outrora, cheia de trabalho. Sete filhos. Sete netos. 
Há quem diga que, o sete, é um número de sorte. Será avózinha? 

Sempre te conheci com rugas, mas sem cabelos brancos.
Sempre me lembro de tomares medicamentos, para alguma coisa.
Gostavas de comer de pé. Comer sentada, era para dias de festa
Gostavas de fazer crochet - e um considerável número de peças de arte sairam das tuas, ávidas, mãos.
Querias ser invisível, não querias dar trabalho aos teus filhos. E assim foi, enquanto não tiveste outra opção...
Não eras uma pessoa de riso fácil, mas todos sabemos, lá em casa, o que sempre te arrancava uma boa gargalhada... :)

Eras a minha paragem obrigatória à saída da escola. De vez em quando, tinhas um pudim flan, (dos velhotes),  à minha espera, naqueles pequenos copinhos, que mais ninguém tinha igual...
Obrigavas-me a ir ao terço, nas férias do verão. 
Sempre que fazias lentilhas, guardavas um prato para mim (ninguém, até hoje, me conseguiu fazer lentilhas como as tuas! E sopas de ovos? As tuas serão, para sempre, as melhores!)

Também é verdade que tinhas "mau feitio". Mas facilmente qualquer pessoa percebia, que tinhas o melhor coração do mundo. E quanto a esse reconhecido "mau feitio, tão característico teu... é o que, curiosamente, mais saudades nos vai deixar...

Contigo aprendi que do pouco se consegue fazer muito. Que do velho, se pode voltar a fazer novo.
"Guarda o que não presta, e, terás o que precisas", lembro-me.

"É preciso aprender a fazer de tudo, minha filha" - dizias-me tu, infindáveis vezes, - "nunca se sabe, quando te vai dar jeito." - E esta, sem saberes, foi, simplesmente, a melhor lição de vida, que me deixaste...

Nunca foste uma pessoa, extraordinariamente doce, a vida, simplesmente, nunca to permitiu...
Encaraste os teus dias como se de uma batalha se tratasse. A força, sempre foi o teu melhor aliado.

Sobreviveste à fome. Sobreviveste ao frio. Sobreviveste, a longas horas, de árduo trabalho. No verão, ao "esturreiro" do sol, (como tu dizias), no inverno, debaixo das "moscas brancas", (como tu dizias, também). 
Remendaste muita roupa. Secaste outra tanta, ao calor da lareira, para vestir no dia seguinte. 
Grávida ou não, o dia começava, sempre, antes do sol nascer, e terminava, sempre, ao pôr do sol. 
Sobreviveste à perda de 3 filhas, duas delas, antes dos seus três anos e meio de idade - no silêncio do teu olhar, soube que foste das únicas pessoas, que me compreendeu visceralmente).   

Viste partir de casa, sempre com coragem, cada um dos teus filhos. 
O teu ninho ficou vazio.
Não sei como lidavas com isso, à noite, deitada na tua almofada. Mas sei que rezavas. Sei que te confortavas com a esperança de que o Senhor olharia pelas tuas crias no teu lugar, nas suas aventuras e desventuras.

Nunca foste um livro aberto. Foste um livro que aprendi a desfolhar. 
Senti, por ti, muitas coisas diferentes, ao longo dos anos. Das quais, hoje, ficam acima de tudo: A admiração. E a certeza de que somos muito mais uma da outra, do que aquilo que alguma de nós pode imaginar. 
Estás inscrita em mim, no meu ADN, nas minhas memórias, nas memórias que vou querer perdurar, através da geração futura. Eu sou, sem ter consciência disso, o resultado de muitas das tuas vivências. Estás comigo hoje, como estiveste ontem, e estarás para todo o meu sempre.

Hoje descansas esse teu corpo cansado, massacrado, tão cheio de tudo aquilo que tinhas reservado para ti. 
Uma vida cheia, uma vida, verdadeiramente, cheia. 
Uma vida que nos deixa, agora,  esta imensa saudade e vazio. 
Uma vida que fecha, porém, o seu capítulo com sentido de missão cumprida. 

Recebe, querida avózinha, à entrada desse jardim celestial, o maior, e o mais sentido abraço de gratidão, desta tua neta, que te ama daqui até à lua, e da lua até aqui.

E uma vénia.
Sim. Uma vénia!
Porque foste uma Rainha! Um autêntico farol, nas nossas vidas.

Até sempre, querida avó.
Sofia

******************************

Despite the, unbelievable, improvements that you were showing, over the past four weeks, deep inside, I knew that our goodbye was to be the last.
I knew you wouldn't be there anymore for my return...

My throat is dry. My head dazed. My senses, definitely,  numb...
As I write this little tribute to you, dear granny, I close my eyes and imagine all the scenery around you right now. And... The fact that I'm no part of it... this last time. Is consuming.

7.387 km separate me from you, dear Grannie, and from your body, now cold and lifeless ...

A life, once, full of hard work. Seven children. Seven grandchildren.
Some people say that seven is a lucky number. Is it Grannie?

I've always known you with wrinkles. But none gray hair.
I always remember you taking some kind of medication, for some kind of pain.
You've always liked to have your meals standing - sitting was for festivity days.
You loved crochet - and a great number of art pieces, have, your avid hands, done.
You'd like to be invisible. Didn't want to bother your children, and so it was, until you're left with no other option...

You weren't an easy laugh person, but we all know, at home, what would, always, make erupt a great laugh out of you... :)

Your house was my mandatory first stop, when getting back home after school. Occasionally, you'd have a flan pudding, waiting for me on those tinny cups, that no one else had the same...
You'd forced me to go to chaplet mass everyday of my summer holidays.
Whenever you'd cook lentils, you'd always have a spare dish for me (no one, to this day, managed to cook lentils for me like you did! The same for your delicious egg and bread soup. Yours, will be forever and ever, the best!)

It's also true that you had a "bad temper". But anyone could easily realize you owned the biggest heart in the whole wide world. And regarding to that, well known and characteristic "bad temper, funny it is, that's exactly what we'll miss the most about you.

From you, I learned that from less, one can do much. From old, we can make new, again.
"Keep the damaged, and you'll find what you need," I remember you saying.

"You should learn how to do a little of everything, my dear " - you told me countless times - "you never know when it will be of use" - And this, without knowing, has simply been the best life lesson, you left me...

You've never been an, extraordinarily, sweet person. Life, simply, never allowed you to...
You faced your days as if they're a battle field. Your strength has always been your best ally.

Survived hunger. Survived cold. Survived long hours of hard work.
Mend many clothes. Dried so many others, for next day wear, in the warmth of the fireplace.
Pregnant or not, your day always began before sunrise, and always ended at sunset.
Survived the loss of three daughters, two of them, before they were three and a half years - in the silence of your eyes, I knew you were one of the few people who understood me viscerally).

You've seen your ducklings leave home, always with courage.
Your nest was empty.
I don't know how you've dealt with that at night, when resting your head on your pillow. But I know that your sleep was always induced by lots of prayers. I know this ritual filled you up of hope, hope,  that the Lord would look after your ducklings, on your absence. 

You've never been an open book. You've been a book I learned to leaf through.
I felt for you many different things, over the years. Which today are above all: Admiration. And the certainty that we are much more of each other than what any of us can imagine.
You're inscribed on me, in my DNA, in my memories, the memories that I want to keep on through future generation. I am, without being aware of it, the result of many of your experiences. You are with me today, as you were yesterday, and will be for the rest of the time I shall live.

Today, you rest that tired, and massacred, body of yours, so full of everything you had reserved for you...
full life, that leaves us with this immense longing and emptiness.
But a life that ceases its chapter, with a sense of accomplishment.

Receive, dear grannie, in that heavenly garden, the most tight hug of all, full of gratitude, from this  granddaughter of yours, who loves you from here to the moon and back.

And a bow.
Yes. A bow!
Because you were a Queen! A true lighthouse in our lives.

Until we see each other again, dear grannie.
Sofia



Pode seguir Sofias's Whispers através:
You can follow Sofias's Whispers on: 

sexta-feira, 25 de março de 2016

Páscoa Feliz! :: Happy Easter


Font

A todos, uma Páscoa Feliz!

To all, Happy Easter!


Pode seguir Sofias's Whispers através:
You can follow Sofias's Whispers on: 


sábado, 27 de fevereiro de 2016

Finding Home

{Scroll down for English}

Um mês de Qatar. O cheiro de uma casa nova - aquela que nos escolheu.
Vista deslumbrante, localização top, muita expectativa. 
Infindáveis projectos, a fervilhar na minha cabeça - seja a estância suficientemente longa, para mos permitir concretizar... 

Primeira noite neste novo ninho. 
Poucos pertences. Apenas os essenciais.

A melhor noite de todas, a primeira em que me sinto... em CASA.

***************************

One month in Qatar. The smell of a new house.
Stunning views, top location, many expectations.
Endless project ideas, floating in my head - may our stay be sufficiently long, to allow me to accomplish them all...

First night in this nest.
Few belongings, only the essentials.

The best night of all, the first I feel... at HOME.

Font 
Pode seguir Sofias's Whispers através:
You can follow Sofias's Whispers on: 


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Sim, sim, pois, pois... :: Yes, yes, of course...

{Scroll down for English}

"Eles adaptam-se rápido." "São que nem esponjas." - É o que toda a gente diz.

Pois eu mal posso esperar, por esse derradeiro momento, para ver o meu filho sentir-se "integrado".

Leva tempo. Eu sei. Todos sabemos. Mas bolas! No que toca à felicidade e bem estar dele, quero tudo para ontem.

Cada rejeição, cada tentativa falhada, cada pesadelo, cada frustração com que se depara, dói como não outra.
E estar sempre por perto para abraçar, para amenizar, para confortar, é tudo o que posso fazer...     

Cá dentro as emoções a fervilhar, desejando que não tivesse que passar por nada disto. Pronta para comprar, a que preço fosse, o valor da amizade, só pelo prazer de ouvir, a sua gargalhada sincera.

Mas ter que dar ouvidos à razão, e compreender que é um caminho solitário que terá que percorrer sozinho. Acreditar que os amigos certos surgirão, ele saberá escolhe-los - para esses a barreira linguística não será um obstáculo.
Esta experiência vai transforma-lo, vai torna-lo mais forte. 
Ele, que é ainda tão pequenino. 
(Para sempre, o meu bebé).

****************************

"They adapt pretty quickly." "They are like sponges" - It's what everybody says.

Well, I cannot wait for that beloved moment to happen, to see my son feeling "integrated" somehow.

It takes time. I know. We all know it alright. But regarding the happiness and well being of my sweet and darling son, I would like everything to happen just yesterday.

Every rejection, every failed attempt, every nightmare, every frustration, hurts like no other.
And the only thing I can do, is being around him to hug, to soothe, to comfort...

Inside, emotions simmering, wishing he didn't have to go through any of this, ready to buy, at any price, the value of friendship, just for the pleasure of hearing his sincere laugh.

But having to listen to Mr. Reason, understanding that this will be a lonely path, he'll have to walk by himself. Believing that the right friends will come, he will notice them immediately - for those the language barrier won't be an obstacle. 
This whole experience will transform him, will make him possibly a stronger person.
He, who is still so small.
(Forever my baby).



Pode seguir Sofias's Whispers através:
You can follow Sofias's Whispers on: 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...